Post Life Transitions Erros Comuns na Procura do Emprego
Post Life Transitions Erros Comuns na Procura do Emprego

OS 10 ERROS MAIS COMUNS DE QUEM PROCURA EMPREGO

1. Exagerar no empenho para fazer o currículo caber numa só página.

Esse é um dos mitos, sem comprovação lógica ou sustentada por provas, de que o currículo não deve ultrapassar uma página.

É evidente que deve haver o empenho em torna-lo conciso, de forma a não ultrapassar duas páginas pois uma peça muito longa desencoraja o examinador e pode fazê-lo perder informações importantes.

Contudo, a neurose por uma página leva o profissional a sacrificar a clareza e a didática da apresentação, reduzindo o tamanho das letras a um formato minúsculo e eliminando os recursos gráficos de espaçamentos e negritos, úteis para dar destaque às diferentes informações apresentadas, como:

  • Dados Pessoais,
  • Formação Educacional,
  • Domínio de Idiomas,
  • Realizações,
  • Experiência
  • Profissional etc.

Ou você consegue ser mais conciso, sem sacrificar a apresentação, ou pode deixar seu currículo ocupar uma segunda página.

O importante é que a leitura seja confortável para o leitor e que o mesmo seja guiado na busca das informações.

Saiba um pouco mais sobre como destacar seu currículo clicando aqui.

2. Gastar todo o seu tempo em responder anúncios e enviando currículos não solicitados para empresas escolhidas.

Este é o erro mais catastrófico de todos.

As pessoas não conseguem emprego através da distribuição massiva de currículos, mas do relacionamento (networking) com as pessoas que conhece ou que venha a conhecer.

A situação é ainda pior, quando o profissional transfere a tarefa para terceiros e permanece placidamente em casa, aguardando ser convocado para entrevistas.

A missão de buscar e encontrar um emprego pertence ao próprio profissional, e é indelegável (o programa GRADUS foi desenvolvido para orientá-lo na sua busca de trabalho e renda).

3. Falar demais, principalmente no início da entrevista.

Isso é um sinal de ansiedade (afinal, qual o desempregado que não fica ansioso numa entrevista?).

Mas, controle-se.

Eu sei que há muitas coisas a seu respeito que você considera importante dizer.

Mas, não se destrambelhe!

Lembre-se: quando o entrevistador perguntar “como vai”? ele não está realmente interessado em saber sobre o seu estado.

Portanto, não explique nada!

A resposta certa é “Estou bem”, ou, melhor ainda, “Estou ótimo”!

É usual que você gaste os primeiros 30 segundos a um minuto para falar sobre você.

Para isso, tenha pronto o seu Elevator Pitch.

4. Dizer coisas negativas a seu respeito.

Tenha em mente que o seu objetivo é criar um ambiente positivo e otimista.

Não fale em problemas pessoais, de saúde, ou de defeitos de sua carreira ou na sua formação.

E não adiante conclusões que não lhe foram solicitadas, do tipo “Meu problema é que eu não falo inglês” ou “Acho que permaneci muito tempo na mesma empresa” ou “Sinto falta de um MBA”.

Esse não é o momento de começar um mea culpa.

Não fale de decisões erradas.

Não mencione que se equivocou ao aceitar o último emprego, que resultou na sua demissão, porque a empresa é mal estruturada ou dirigida de forma personalista pelo dono.

Nem se lamente de ter sido enganado ao aceitar o cargo no último emprego, pois no processo de seleção apresentaram-lhe uma empresa dinâmica, profissional e cheia de bons propósitos, que posteriormente revelaram-se serem falsos.

5. Deixar de dizer coisas favoráveis sobre o seu último empregador.

Essa frase não é equivalente a “não falar mal sobre o seu antigo empregador”; ela significa: “encontrar um meio de, espontaneamente, destacar aspectos positivos dele, elogiando-o”.

Quem irá contratá-lo ocupa posição equivalente àquela do seu antigo chefe, ou muito próxima dela.

Há a tendência de entender a posição dele, de imaginar que demitir você foi uma atitude difícil e inevitável e de se solidarizar com as suas decisões.

Há frases neutras que sempre soam simpáticas, do tipo: “Meu chefe era muito bom e capaz, mas tinha uma equipe muito grande para cuidar e um peso enorme de responsabilidades.

Por isso, nem sempre tinha tempo para orientar todos os subordinados”

6. Lamentar-se pelo longo período desempregado, falando das dificuldades que está enfrentando, como tudo está afetando sua vida pessoal e familiar etc.

Isso vai ser visto como tentativa de capturar emocionalmente a simpatia do entrevistador e terá efeito negativo.

Procure apresentar-se de forma positiva e otimista.

Demonstre que, mesmo desempregado, você tem-se mantido ativo, com energia e disposição, para não dar a impressão de estar ocioso.

Explique que o longo tempo sem trabalho foi utilizado como um período sabático, como a oportunidade de colocar em dia uma série de assuntos pessoais e também para se atualizar em conhecimentos profissionais, através de programas oferecidos via internet.

Se possível, cite algum trabalho voluntário que está realizando.

7. Dar referências indicando pessoas que não serão entusiasmadas ou convincentes ao falar bem de você.

Na relação de pessoas que podem dar referências a seu respeito você deve indicar aquelas que estão dispostas a testemunhar que o viram caminhando sobre as águas (opa! Acho que agora eu exagerei).

Mas, você não precisa de uma referência que irá praticamente condená-lo com um elogio fraco.

Encontre alguém mais entusiasmado a seu respeito.

8. Ser honesto a respeito de seus pontos fracos.

O processo de seleção deve transcorrer num ambiente positivo e otimista, sem nuvens para atrapalhar.

Caso haja uma pergunta que solicite a descrição dos seus pontos fracos, utilize-a a seu favor.

A resposta deve trazer consigo uma mensagem positiva, o que lhe permite duas alternativas:

  • Apresentar como ponto fraco algo que possa significar uma característica positiva, como perder a paciência com a repetição de erros ou com a falta de comprometimento das pessoas etc.
  • Confessar um pecado menor, de pouca importância, para a correção do qual você já está tomando providências, como “tenho dificuldades em me manter atualizado com todos os e-mails, mensagens, comunicados e instruções que recebo, mas estou num curso de leitura dinâmica para melhorar a minha velocidade de leitura”.

9. Dizer prematuramente qual a sua pretensão salarial.

Muitos profissionais ficam ansiosos a respeito do salário e levantam o assunto na primeira reunião.

Alguns até mesmo usam o argumento salarial como abertura da entrevista, declarando qual o seu último salário e informando que pretende manter-se no mesmo nível, com a desculpa do “Para não perdermos tempo, quero informar …”.

Se na primeira entrevista lhe for perguntado o quanto pretende ganhar é porque o selecionador vai utilizar a informação para cortá-lo, ou não no processo.

A negociação salarial somente deve ocorrer após você ter sido selecionado e considerado como o melhor e mais adequado candidato.

Ela corresponde a uma convergência de interesses.

Quando a pergunta aparecer, inicialmente devolva perguntando se você é a pessoa escolhida e se vocês estarão discutindo as condições para sua contratação.

Se não for esse o caso, a sua resposta deve ser vaga, do tipo: “dinheiro é muito importante para mim, mas, neste estágio da minha carreira, o mais importante é ter a certeza de que essa é a oportunidade certa para mim e de que eu sou o profissional certo para o cargo”.

10. Não ter a paciência de aguardar o desenvolvimento do processo.

Coloque-se no lugar de quem irá contratá-lo.

Ele ou ela, está tomando uma decisão cujas decorrências se estenderão por vários meses.

O seu desempenho no cargo vai afetar diretamente o desempenho do setor sob responsabilidade dele(a).

Ele(a) poderá sair fortalecido ou muito prejudicado.

Além do mais, toda contratação é uma solução de compromisso.

No início do processo, foi definido o perfil do candidato ideal para o cargo.

Ninguém nunca é perfeito para essa descrição.

Todo candidato apresenta pontos fortes para o cargo e, em alguns aspectos, até mesmo excede os requisitos do mesmo.

Noutros, revela-se fraco, faltando-lhe algumas experiências ou conhecimentos.

Por outro lado, o processo não pode ser estendido indefinidamente no aguardo do candidato perfeito, pois a falta de alguém no cargo está criando pressões e perdas de resultados.

A arte da contratação é encontrar uma solução de compromisso que seja eficaz.

Por isso, o contratante necessita de tempo para refletir, para conhecer outras alternativas e formar a sua decisão.

Bombardeá-lo com e-mails, telefonemas e outras mensagens não acelera o processo, mas produz sentimentos negativos a seu respeito.

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Ewaldo Endler

Sócio da Next Steps e da Lifetransitions. Começou como executive search em 1972 e desde então tem desenvolvido uma larga experiência em várias organizações globais. É Coach em transições profissionais: A Conquista do Emprego, Planejamento de Carreira, A Recolocação Profissional, Preparação para Aposentadoria, Onboarding Executivo, Assessor na elaboração do currículo e em networking.