David McClelland foi um pesquisador na área de psicologia que aportou enormes contribuições para o universo da Gestão de Recursos Humanos.
Dentre suas contribuições ressaltam-se as pesquisas no campo de Competências no Trabalho. A definição de uma competência requeria, além da observação do comportamento, também a identificação da intenção da pessoa.
Credite-se também a ele o desenvolvimento das técnicas de Entrevistas Baseadas em Eventos Críticos.
Os resultados das suas pesquisas levaram à compreensão de como um excepcional realizador (high achiever) pensa e age.
Isto permitiu desenvolver o modelo para o planejamento do treinamento de líderes, práticas de seleção e de promoção bem como de desenvolvimento de carreiras.
Competência
Ocorre que competência, por ser uma palavra de origem latina, é ela de raro uso na língua inglesa e McClelland adotou-a para significar a motivação central, ou a intenção, que faz com que o profissional produza resultados excepcionais, quando comparado aos demais.
Por outro lado, ela é de uso bem mais banal no nosso idioma, sem a mesma conotação que lhe conferiu o autor.
No nosso cotidiano ela é mais usada no sentido de “saber fazer” e não do “motivo para fazer”.
Temos até mesmo um ditado, que nos chegou importado de Portugal, o qual diz: “Quem não tem competência não se estabelece”.
A popularização do termo “competência” no universo da Gestão de Recursos Humanos, com seu falso significado, ou falso cognato, faz com que o mesmo seja utilizado no sentido de conhecimentos, habilidades e atitudes, com a perda total do sentido que lhe deu McClelland.
E muitas vezes hoje, com falso cognato, encontramos termos como: Gestão por Competências, Seleção por Competências, Treinamento de Competências, Remuneração por Competências e assim por diante.
E você, já sabe quais são suas reais Competências?