Post Life Transitions - Preconceito contra profissionais mais velhos
Post Life Transitions - Preconceito contra profissionais mais velhos

NÃO EXISTE PRECONCEITO CONTRA PROFISSIONAIS MAIS VELHOS! PARTE 1

Introdução

Eu sei que estou tocando num assunto sensível, principalmente porque há muitas pessoas que hoje acreditam haver preconceito contra profissionais mais velhos no mercado de trabalho.

Não há! Não existe preconceito contra profissionais mais velhos.

As pessoas estão adotando a estratégia errada na busca da oportunidade profissional.

Este Artigo

Este artigo divide-se em três partes.

Nas duas primeira é conduzida a análise do mercado de trabalho e a explicação do porquê das dificuldades encontradas pelos 50+.

Na terceira parte é apresentada única estratégia vencedora possível para a conquista de trabalho e renda após os 50 anos de idade.

Leia todos até o final

Carreira e Shopping

Todo profissional tem a obrigação de cuidar de sua carreira (óbvio).

O cuidado com sua carreira é um exercício de jardinagem e não um replantio apressado, em momento de crise.

Jardinagem é cuidar de um canteiro de flores (rosas, por exemplo), exigindo atenção e dedicação constante, mantendo-o limpo, eliminando as ervas daninhas e o mato que cresce, regando em períodos de estiagem, podando para eliminar as partes espigadas, adubando periodicamente e se empenhando para que sempre haja rosas exuberantes, enfeitando o ambiente.

Quem planta um canteiro e o entrega à natureza, quando precisar de uma flor o vai encontrar tomado pelo mato, com ramos espigados, produzindo flores mirradas e sem viço, contaminadas por fungos e ressecadas.

O mesmo se aplica à dedicação à sua carreira. Ela exige atenção e cuidados permanentes, para se manter atualizada e atraente.

Entretanto, a maioria dos profissionais somente resolve dar atenção á sua carreira em momentos de crise, quando estão desempregados. Partem para o replantio a fim de rapidamente voltar a florescer. Em desespero, tomam a decisão, errada, de fazer alguns cursos de atualização, começar o tão sonhado MBA ou entrar para um curso de inglês ou se atualizar em informática. Tudo isso não vai servir para nada.


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A natureza irá exigir tempo para que seu canteiro volte a ficar fértil e florescente.

O motivo de se destacar a importância do cuidado constante com a carreira deve-se ao fato de que atualmente o conhecimento da humanidade dobra a cada 13 meses, com tendência a diminuir ainda mais ao longo do tempo. Ou seja, quando uma pessoa conclui o seu curso universitário, alguns dos assuntos que aprendeu já estão ultrapassados.

Há bem poucos anos atrás, a situação era completamente diferente. As coisas mudavam lentamente e as carreiras permaneciam as mesmas durante longos períodos.

A carreira pode hoje ser comparada a um passeio ao shopping. A pessoa está feliz, circulando entre as lojas, com iluminação feérica, som ambiente, vitrines atraentes, pessoas maravilhosas circulando, ar condicionado etc.

Para ser profissionalmente viável, tem que se manter na região das lojas.

Entretanto, ser nomeado para um cargo é o equivalente a entrar numa escada rolante, com a intenção de subir para outro andar e, de repente, perceber que a escada está descendo para o estacionamento no subsolo.

Isso porque, ao assumir o novo cargo, o profissional tem todas as desculpas do mundo, principalmente a falta de tempo, para não se dedicar à sua carreira.

A pessoa não quer ir para o estacionamento, vazio, escuro e sem o glamour da área de lojas.

Precisa, então, caminhar contra o movimento da escada para retornar às lojas.

Contudo, se andar na mesma velocidade da escada, não sai do lugar.

Fazendo um esforço extra para vencer a velocidade da escada, cansa e, ao parar, começa novamente a descer para as profundezas do subsolo.

A grande maioria, entretanto, abandona o foco de sua carreira e permite que a escada o leve cada vez mais para as profundezas.

Mas, à medida em que vai descendo, a pessoa se torna um problema para a empresa.

Motivos:

  • Por um lado, porque nada ocorre no seu setor, é a mesmice repetitiva, sem criatividade, sem inovação, tudo ocorrendo como sempre o foi. Torna-se objeto de conversa entre os seus superiores e os diretores. Quando se cogita em demitir a pessoa, a conversa gira em torno de que isso seria a morte dela, tanto tempo ela está na empresa, a ponto de lhe ser inconcebível a vida sem essa rotina. Ou seja, fica por piedade, até que um dia, uma dessas crises que periodicamente atingem a empresa, se torna a desculpa para a demissão.
  • Por outro lado, o imobilismo e a falta de energia inovadora, torna-se um fator de desmotivação da equipe. Todos sabem que nada mudará e que não ocorrerão oportunidades de promoção e progresso profissional, a não ser quando o chefe morrer ou se aposentar. Todos os membros da equipe se lançam na busca de oportunidade fora da organização. Resultado: rapidamente os melhores se recolocam, exatamente por serem os melhores. Permanecem na empresa aqueles que não conseguem outro emprego, por serem medianos, sem qualquer talento.

O resultado é a perda de talentos e a mediocrização da empresa, o que reforça a dependência da empresa em relação ao gestor.

Conclusão: o profissional que na sua carreira conseguiu manter-se na região das lojas, com certeza sempre terá o seu lugar no mercado de trabalho, independentemente de sua idade.

Se, entretanto, esse profissional estiver enfrentando dificuldades em se recolocar, é porque não está adotando a estratégia de busca adequada para sua idade.

Uma pessoa com mais de 50 anos não pode disputar o seu lugar no mercado de trabalho utilizando as mesmas práticas e procedimentos de um jovem com 30/35 anos.

Eu tenho condições de orientar você no caminho para o sucesso. Na terceira parte deste artigo, será exposta a estratégia vencedora a adotar.

Por outro lado, o profissional que se deixou levar pela escada abaixo, para as profundezas do subsolo, tem diante de si uma missão quase impossível: fazer reviver o canteiro de flores de sua profissão, depois do mesmo ter chegado ao ponto da degradação total.

A energia e dedicação requeridos para essa empreitada são enormes e o caminho é longo. Poucos sucedem.

O mais provável é que esse profissional seja forçado a aceitar uma atividade num nível muito menor do que aquele que já atingiu, tão somente com o objetivo de completar seu tempo de contribuição para obter a aposentadoria.

RECOMENDAÇÃO FINAL

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Ewaldo Endler

Sócio da Next Steps e da Lifetransitions. Começou como executive search em 1972 e desde então tem desenvolvido uma larga experiência em várias organizações globais. É Coach em transições profissionais: A Conquista do Emprego, Planejamento de Carreira, A Recolocação Profissional, Preparação para Aposentadoria, Onboarding Executivo, Assessor na elaboração do currículo e em networking.